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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

No Lapso do Tempo - 7

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Escuta este lugar onde as palavras não têm sombras, o tempo não separa nem significa nada, onde o tempo não planeja, não se move, não se entrega, onde o tempo não significa nada. É apenas um grão de terra, uma gota de água, uma réstia de ar, um castelo de memórias, uma montanha que se separou do tempo, uma gruta funda como o mundo onde se guardam os arquivos que teimam permanecer prisioneiros do passado, aqui e ali um sorriso, guardados nas toscas tábuas onde se guardam o que restará dum engavetado nesta terra húmida que pertence a um país distante, a um plano sem ponto de fuga, a uma ardósia que o manto verde do musgo tapará a seu tempo, quando o tempo se separar do tempo e estes nossos corações, de coisa nenhuma.

[texto 2004, imagem 2006]

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6 comentários:

Karoline disse...

Epic!

Enrique Chapín disse...

Unas fotos inmensas, puro expresionismo abstracto. Me encantan.

Enhorabuena.

Saludos.

Anónimo disse...

as tuas fotos são no minimo espetaculares

abraço

LauraAlberto

Torunn disse...

Lovely and creative photography. Long shutter speeds? Great!

Ana Viaja disse...

Foto deslumbrante!
Vai me acompanhar pelo resto da minha existência.
Ana

Isa Lisboa disse...

Por vezes é bom refugiarmo-nos nesse lugar que descreve...