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De resto (este estorvo na paisagem, esta casa) está vazia, e nem sei se notarás que a réplica do globo celeste de Schissler está rachada, não sei em que meridiano.
Aguardei muito para explicar o porquê, desfazer-me num pedido de desculpas, mas já nem sei o motivo, aguardei muito que reparasses nessa réplica de mil quinhentos e qualquer coisa, quando muito para perceber se o meu exílio é interior ou exterior, tentar encontrar o meridiano e remendá-lo para o mundo. Esse exílio que me molda duma forma “tão despida de emoção, de quem já viu tudo e tudo é uma imensa repetição”.
texto 2004 (citação - verso dos Clã) imagem 2007
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3 comentários:
Leonardo,
com os óculos que me cabem, essa repetição tão sem graça não é a única coisa que existe por aqui. Faz dela o que bem quiseres,inclusive desfazê-la.Encontrar o meridiano é um início.teu texto é tão bonito, mas tão triste ,amigo...
qué letras, inducen a la reflexión, muy bueno lo tuyo, saludos
Buenas sombras. Me gustan mucho.
Saludos.
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